Esta área de nosso site é um índice de artigos e estudos científicos que falam acerca dos pontos da mensagem bíblica de saúde. Aqui, você vai encontrar os links que levam aos estudos em suas respectivas bases de dados. Apresentamos uma descrição resumida das conclusões ou achados de cada artigo, e esperamos que eles possam ajudar todos que se interessam pela mensagem de saúde adventista a compreendê-la, vivê-la e divulgá-la. Você pode enviar contribuições, entrando em contato com a equipe do Corpo Vida e Saúde, através do contato (11) 98327 0225.

Este artigo sumariza o papel do exercício físico no tratamento e prevenção da depressão. Em suma, o exercício previne depressão em crianças, adultos e idosos; também pode ser utilizado para manejo agudo dos sintomas depressivos. Evidência robusta mostra que ele é eficaz como tratamento para depressão.

Este artigo descreve que o exercício físico previne a depressão e melhora os sintomas depressivos. Foi mostrado que o exercício remodela a estrutura cerebral de pacientes deprimidos, melhorando o processamento de informações e adiando o declínio cognitivo.

Revisão sistemática extensa sobre a relação entre suicídio e religião. O conjunto da evidência sugere que exercer a maioria das formas de religião é um fator protetor contra o suicídio. O artigo também aborda temas como a interação entre profissionais de saúde e líderes religiosos e o tipo de experiências religiosas que podem ajudar ou atrapalhar a evolução de pacientes com doenças mentais.

Publicação de comissão científica da revista médica “The Lancet”, estima que 40% dos casos de demência poderiam ser prevenidos, se fossem evitados ou tratados os seguintes fatores de risco: baixo nível educacional, hipertensão, perda auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, sedentarismo, diabetes, isolamento social, consumo excessivo de álcool, traumatismo craniano e poluição do ar.

Publicação de comissão científica da revista médica “The Lancet”, estima que 40% dos casos de demência poderiam ser prevenidos, se fossem evitados ou tratados os seguintes fatores de risco: baixo nível educacional, hipertensão, perda auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, sedentarismo, diabetes, isolamento social, consumo excessivo de álcool, traumatismo craniano e poluição do ar.

Este artigo mostra que o exercício físico é uma estratégia fundamental para o envelhecimento saudável, pois previne e controla doenças crônicas, melhora longevidade e qualidade de vida. Previne o desenvolvimento de certos tipos de câncerr, reduz o risco de morte, previne osteoporose.

O Exercício físico pode beneficiar saúde geral e a função cognitiva. Estudos sugerem que o exercício estimula fatores de crescimento responsáveis por neurogênese, aumentando a resistência do cérebro a doenças e melhorando o desempenho mental. Além dos fatores de crescimento, a expressão gênica também é alterado e beneficia a neuroplasticidade.

Revisão sistemática que avaliou 39 estudos, chegou à conclusão que o exercício físico é eficaz no tratamento da depressão, e que sob algumas circunstâncias, seu efeito opde ser comparado ao de psicoterapia e medicamentos.

Artigo de revisão que chega à conclusão de que o exercício físico tem efeitos benéficos nos sintomas de depressão, que são comparáveis aos efeitos de medicamentos.

Interessante pesquisa evidenciou que pacientes em pós-operatório de colecistectomia (cirurgia para retirada da vesícula biliar) tinham menor período de internação, precisavam de menos analgésicos e recebiam menos avaliações negativas da enfermagem quando estavam em um quarto com vista para paisagens naturais, quando comparados a pacientes em quartos com vista para muros ou paredes

Esta pesquisa avaliou a memória e o humor de pacientes com diagnóstico de depressão antes e depois de uma caminhada de 50 minutos em um ambiente natural ou urbano. Os participantes que caminhavam em meio à natureza apresentaram melhora significativa quando comparados aos demais, mostrando uma influência do ambiente da atividade sobre o humor.

Este artigo descreve dois experimentos onde os indivíduos tiveram suas capacidades cognitivas medidas antes e depois de interagir cm ambientes naturais, e tiveram seus resultados comparados com pessoas que tiveram experiências semelhantes em áreas urbanas. Os autores chegaram à conclusão de que interagir com a natureza é uma maneira simples de melhorar a função da mente.

Estudos têm documentado que pacientes recém diagnosticados com doenças graves podem evoluir com dificuldade de concentração e problemas cognitivos leves. Esta pesquisa mostrou que a exposição à natureza foi capaz de melhorar significativamente a tenção de pacientes com câncer de mama, sedimentando conhecimento acumulado que sugere que a natureza pode ser um instrumento de melhora cognitiva.

Esta revisão de literatura expões muitas evidências científicas mostrando que a exposição à natureza é capaz de melhorar as funções mentais superiores e trata sobre os possíveis mecanismos pelos quais isso ocorre, especialmente na função mental da atenção, como concebida pela ART (teoria da restauração da atenção).

Este estudo testou o efeito de momentos de atividade física leve em meio à natureza em crianças com diagnóstico de TDAH. Foi observada melhora significativa na atenção das crianças após exposição à natureza quando comparada à atenção de crianças que fizeram a mesma atividade em ambientes urbanos. O efeito da atividade sobre a atenção foi comparável ao de algumas medicações, em termos de potência.

Estudo epidemiológico realizado na Dinamarca, para investigar a associação entre o nível de urbanização no local de nascimento ou de crescimento com a incidência de esquizofrenia. A pesquisa observou que o risco de desenvolver esquizofrenia aumentava com o nível de urbanização da cidade em que a pessoa mora. Residentes de locais mais urbanizados tinham até três vezes mais chance de desenvolver a doença. Pessoas que se mudavam para locais mais urbanizados também aumentavam a chance de apresentar a doença, enquanto aqueles que migravam para locais menos urbanizados reduziam a chance. Os autores concluíram que estímulos que sã mais frequentes em áreas urbanas estão ligados ao desenvolvimento da esquizofrenia.

Este artigo descreve uma experiência com 19 pessoas (11 pacientes diabéticos e 8 pacientes para controle), em que uma mudança alimentar súbita para uma dieta leve com poucas calorias foi capaz de reverter as principais características patológicas do diabetes tipo 2 (DM-2), os níveis de glicose, a função das células beta pancreáticas e a sensibilidade à insulina no fígado. Os autores concluem que é preciso mudar a visão atual que é muitas vezes tida da doença, de que seria uma condição irreversível.

de apresentar a doença, enquanto aqueles que migravam para locais menos urbanizados reduziam a chance. Os autores concluíram que estímulos que sã mais frequentes em áreas urbanas estão ligados ao desenvolvimento da esquizofrenia.

Esta pesquisa estudou o comportamento do metabolismo de pacientes obesos frente a mudanças alimentares com restrição calórica. Em conjunto com a perda de peso, observou-se redução dos triglicerídeos hepáticos, melhora da sensibilidade insulínica, com melhoras no metabolismo do fígado e músculo, algumas iniciando já após 48 horas de intervenção.

Este estudo construiu um escore de risco genético baseado em 34c alterações genéticas ligadas à origem do diabetes tipo 2, e avaliou sua influência em pacientes participando do DPP (Diabetes Prevention Program), um conhecido programa americano de prevenção ao diabetes, dirigido a pacientes com resistência insulínica. A progressão para o diabetes ou retorno à regulação glicêmica normal foram avaliados após ajuste estatístico (regressão logística múltipla) por variáveis de confundimento. Embora pacientes com estas alterações genéticas tenham apresentado tendência maior a progredir para diabetes, a intervenção de estilo de vida do DPP (baseado maiormente em intervenções dietéticas e atividade física) fio eficaz, mesmo em pacientes com alto risco genético. Adicionalmente, nesta pesquisa, as intervenções de estilo de vida foram mais eficazes que as intervenções farmacológicas.

Esta revisão apresenta os efeitos deletérios da obesidade sobre o sistema imunológico, com especial atenção às infecções virais e bacterianas. Cita estudos que demonstram aumento do risco de infecções causadas por diversos microrganismos.

Este é um ensaio clínico randomizado e controlado em pacientes com COVID-19 grave e internados. Os pacientes foram divididos em três grupos: tratamento padrão, tratamento padrão + extrato de própolis 400 mg e tratamento padrão + extrato de própolis 800 mg. Os pacientes dos grupos que usaram própolis apresentaram menor tempo de internação e o grupo com maior dose teve consideravelmente menor taxa de insuficiência renal aguda.

Este é um artigo de revisão que fala sobre os benefícios da atividade física, provendo atualização sobre seus efeitos na prevenção, tratamento e reversão de doenças. Também descreve a iniciativa “Exercise is Medicine”, organizada pelo American College of Sports Medicine, elencando várias estratégias bem-sucedidas em aumentar a quantidade de exercício físico realizado pelas pessoas, desde estratégias baseadas na comunidade até iniciativas comerciais de planos de saúde ou da indústria fitness

Este estudo avaliou os custos relacionados à saúde de uma população de idosos diabéticos participantes de um programa de atividades físicas, comparando com os custos de uma população-controle. Os autores observaram que os participantes apresentaram menores custos à seguradora de saúde já nos dois primeiros anos. Ainda foi possível observar que usuários mais frequentes do programa (mais do que 2 vezes por semana) apresentaram maior redução de custos.

 

Esta pesquisa estudou os custos de saúde em pacientes diabéticos submetidos a uma intervenção de estímulo ao exercício físico e estratificaram os resultados com base no nível de aumento da atividade física, medido em MET/hora/semana. Enquanto os grupos com aumento nulo ou pequeno apresentaram aumento de custo ou nenhuma diferença, a partir de 20 MET/hora/semana (equivalente a caminhar 5 km em uma hora diariamente), os pacientes passam a apresentar custos de saúde progressivamente menores, quanto mais se exercitam.

Esta pesquisa estudou os custos de saúde de uma população de idosos participantes de um programa de exercícios físicos e comparou com controles pareados usando regressão logística múltipla. Participantes assíduos (pelo menos uma vez por semana) foram 20% mais baratos para a seguradora de saúde e internavam menos. Uma análise secundária sugere que o programa economiza entre 170-800 dólares por ano por participante.

Este é um artigo que estudou gestão de finanças em promoção de saúde. Os autores estudaram técnicas de promoção de saúde comprovadas em prevenir adoecimentos e pesquisaram como seria o resultado financeiro se um sistema de saúde (como o SUS ou um convênio de saúde) financiar sistematicamente um programa baseado nessas técnicas. O resultado é que boa parte dos casos de doença poderiam ser evitados, e todo o dinheiro investido em prevenção  é recuperado na forma de procedimentos (internações, cirurgias etc.) que são evitados nos anos subsequentes. Até um quarto do financiamento pode ser recuperado mesmo nos primeiros três anos de intervenção.

Este é outro artigo que estudou economia em saúde. É um estudo de estimativas teóricas, que usou modelos matemáticos para calcular o potencial de incentivos financeiros à alimentação saudável. Em um cenário em que provedores públicos de saúde (como Medicare ou Medicaid nos Estados Unidos) oferecem subsídio financeiro para alimentação vegetal (30% de reembolso em frutas ou vegetais em geral, dependendo do cenário), haveria prevenção de pelo menos 1.9 milhão de eventos cardiovasculares. Do ponto de vista financeiro, a prática se mostra custo-efetiva em cinco anos, com ganhos progressivos com o tempo. Os autores concluem, citando outros estudos práticos já realizados com bons resultados,  que embora essa seja uma perspectiva nova, é preciso progredir e estabelecer mais subsídios para alimentação saudável, pois há evidência de que isso salva vidas e é custo-efetivo.

Esse artigo é uma revisão clássica que trata das estratégias de controle e prevenção da doença coronariana nos Estados Unidos, quais seus pontos fracos e onde deve avançar. Revisando dados de estudos prévios, o autor aponta que apenas a mudança de hábitos preventiva pode ajudar a reduzir a epidemia de aterosclerose vivida no mundo ocidental, e que deve haver educação para o estilo de vida, enfatizando particularmente uma dieta baseada em plantas. Também apresenta alguns relatos de casos e imagens de exames de pacientes que reverteram a doença coronariana sem medicações, apenas com intervenção dietética e de estilo de vida.

Este artigo trata-se de um ensaio clínico randomizado destinado a estudar o efeito de intervenções dietéticas no comportamento das pressão arterial, publicado no New England Journal of Medicine, uma das revistas médicas mais conhecidas e respeitadas do mundo. O resultado demonstrou que uma dieta com ênfase mais vegetais naturais e pouca gordura, bem como baixo conteúdo de sódio, teve efeito semelhante à medição anti-hipertensiva para o controle da pressão, e que esse efeito também se manifesta em pessoas com pressão arterial normal.

Este é um artigo de revisão que explica os conceitos básicos da Medicina de Estilo de Vida. Essa abordagem parte do princípio que boa parte das doenças mais frequentes e graves no mundo ocidental hoje é acusada por maus habitos, como sedentarismo a má alimentação. Citando muitos outros estudos científicos e discutindo seus resultados, os autores argumentam que não será possível a nossa sociedade vencer essas doenças, se não formos à raiz do problema e mudarmos os hábitos; também convidam a comunidade médica e administradores de sistemas de saúde a uma mudança na filosofia que priorize a educação dos pacientes em como ter uma vida mais saudável, em vez de apenas tratar as doenças.

Este artigo é a síntese de um estudo randomizado e controlado que se propôs estudar a eficácia de uma estratégia baseada em enfermeiros como líderes de equipes de  promotores de saúde comunitários (leigos). O estudo comparou pacientes submetidos ao acompanhamento convencional do sistema de saúde local (acrescido de orientações educacionais sobre hábitos num panfleto) com pacientes que foram acompanhados pela equipe de promoção de saúde. A intervenção da equipe era incentivar os pacientes a manter e acompanhar os tratamentos médicos, melhorar seus hábitos de saúde, perder peso, alimentar-se de forma saudável, fazer exercícios e parar de fumar. A conclusão do artigo foi de que os pacientes acompanhados tiveram desempenho superior quando avaliados quanto à pressão arterial, múltiplos exames de sangue e qualidade de vida. Interessante notar que a estratégia adotada é semelhante a estratégia do Corpo Vida e Saúde, agência de promoção de saúde da igreja adventista onde profissionais de saúde orientam voluntários leigos a realizarem atividades de promoção de saúde.

Este artigo se trata de uma revisão sistemática avaliando mais de 50 pesquisas que estudaram programas de saúde em comunidades de fé, as chamadas FBO (Faith-Based Organizations). A maioria dos programas se baseava em estratégias de promoção e manutenção da saúde, e os resultados foram que houve efeitos significativos nos participantes, tais como queda dos níveis de colesterol, quer da pressão arterial, perda de peso, melhora nos sintomas e no comportamento de saúde, como realização do autoexame de mama, por exemplo. Os autores concluíram que esses programas melhoram a saúde das pessoas e que devem ser mais estudados e divulgados.

Este artigo é também uma revisão sistemática, que avaliou quinze pesquisas que estudaram a relação entre voluntariado e desempenho cognitivo em idosos. O declínio cognitivo nos idosos é um problema de grande importância, porque está na base de muitos problemas de saúde, especialmente as varias formas de demência, responsáveis por grande parte da morbidade e mortalidade da pessoa idosa. A conclusão do artigo é que, embora haja resultados controversos e mais pesquisas sejam necessárias, existe alguma evidência de que o trabalho voluntário tem efeitos benéficos no desempenho cognitivo, e pode ser uma estratégia útil na prevenção do declínio cognitivo.

Este artigo é um ensaio clínico randomizado e controlado, testando a eficácia de estratégias de aplicação da medicina de estilo de vida em pacientes que já haviam sofrido eventos cardiovasculares ou pacientes considerados de alto risco para tal. O método se assemelhava a um programa de reabilitação cardiovascular, abordando também esclarecimentos sobre medicações cardioprotetoras. O grupo que recebeu a intervenção obteve melhores resultados em mudanças de hábitos alimentares e controle da pressão arterial. A conclusão dos autores foi que programas de prevenção desse tipo são necessários para esse perfil de pacientes.

Esta se trata de uma pesquisa de longo prazo, mostrando os resultados de um programa de prevenção primária realizado com a população geral no interior da Finlândia, objetivando educação em saúde abordando os principais fatores de risco pra doenças cardiovasculares. O estudo avaliou o efeito dessas ações, iniciadas e mantidas por cerca de quarenta anos, e observou uma redução significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares na região. A conclusão dos autores foi de que a redução na mortalidade por doenças cardíacas pode ser alcançada através de programas de prevenção primária e que a prevenção secundária para pacientes de alto risco pode ainda conferir benefício adicional.

Este artigo se trata de uma metaanálise (considerada o mais alto nível de evidência científica, pois reúne informação de diferentes trabalhos científicos anteriormente publicados) feita com informações de 41 estudos, que arrolaram mais de 200 mil pacientes. As conclusões foram que pacientes obesos tem mais chance de apresentar testes de COVID positivos, mais chance de necessitar de internação hospitalar, internação em UTI, ventilação mecânica invasiva (intubação) e maior mortalidade. Também foi constatado que quanto maior a obesidade, maiores os riscos. O estudo sugere que exercícios físicos e alimentação saudável devem ser estimuladas para combater a obesidade, que também é fator de risco para muitas outras doenças. (Remédio natural: alimentação saudável ou exercício físico, ou ainda temperança)

Este artigo também é uma metaanálise, reunindo informações de 25 pesquisas envolvendo mais de 11 mil pacientes, para investigar a relação entre vitamina D e a quantidade de infecção respiratórias. A conclusão é que a suplementação oral de vitamina D pode sim reduzir a quantidade de infecções. A vitamina D é produzida na pele humana quando exposta à luz solar, embora possa também ser suplementada por via oral em forma de comprimidos ou cápsulas. (Remédio natural: luz solar).

Essa é uma extensa revisão (embora não sistemática) falando sobre diversas pesquisas realizadas desde o século passado explorando a temática da promoção de saúde. Através de diversos trabalhos, é mostrado o efeito extremamente positivo de ensinar às pessoas como ter uma vida mais saudável através de mudanças alimentares, exercícios físicos etc. e que resulta em menor probabilidade de adoecimento e vida mais saudável.

Nesse artigo de revisão, um grupo de cronobiologistas (pesquisadores dos ciclos biológicos dependentes do tempo) discorre sobre um fenômeno pouco conhecido: muitos seres, desde organismos unicelulares até o ser humano, possuem um ciclo biológico circasseptano, isto é, um ciclo de sete dias. Embora a maioria das pessoas já tenha ouvido falar do relógio biológico, poucos sabem que ele comanda mais que o sono noturno, mas também se envolve em ciclos mensais, anuais e outros. Embora a maioria desses ciclos seja facilmente associado a fenômenos naturais, o ciclo semanal é difícil de explicar ou de relacionar a qualquer fenômeno da natureza. Mesmo assim, as evidências mostram que ele é extremamente importante, presente em múltiplos organismos, e que pode ser a razão para que todas as tentativas de mudar o ciclo semanal no passado (para semanas de cinco ou dez dias) tenham falhado. O artigo inicia falando sobre como funciona esse ciclo em outros organismos e esclarece as bases fisiológicas de como ele funciona no ser humano, e as evidências científicas de seu funcionamento, e ainda chama a atenção para o fato de que todas as grandes religiões monoteístas do mundo sugerem um repouso semanal.

Este é um estudo randomizado (marca de qualidade) que pesquisou se sessões de oração teriam algum efeito como auxiliares ao tratamento convencional em pacientes com depressão e ansiedade. Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo que, em um deles, cada paciente recebia uma visita por semana, de uma pessoa que lhe oferecia momentos de oração com duração de uma hora, por seis semanas, além do tratamento padrão. O outro grupo recebia apenas o tratamento padrão. Ao fim do estudo, os pacientes que passaram pela experiência da oração obtiveram melhor desempenho em escores que avaliavam depressão, ansiedade e otimismo, mesmo um mês depois do fim da intervenção, e a diferença foi estatisticamente significativa. A conclusão dos autores é que intervenções de oração através do contato pessoal podem ser úteis como tratamento auxiliar para depressão e ansiedade, e mais estudos devem ser realizados nesse campo.

Esse segundo artigo é, na verdade, a continuação do primeiro. Um ano depois, os indivíduos que receberam a intervenção de oração foram reavaliados com os mesmos escores para avaliação de depressão, ansiedade e otimismo, e foi observado que a melhora obtida com a intervenção se mantinha mesmo após um ano. A conclusão do estudo é que o efeito de intervenções de oração é benéfico a pacientes com depressão e ansiedade e pode se manter no longo prazo, sugerindo que mais estudos devem ser feitos nesse campo.

Esta é uma revisão sistemática da Cochrane, que estudou a evidência científica disponível sobre o efeito da redução da gordura saturada sobre as doenças cardiovasculares. As gorduras saturadas são principalmente encontradas em alimentos de origem animal. O conjunto da evidência mostra que reduzir o consumo dessa gordura pode reduzir o colesterol ruim é a incidência de doenças cardiovasculares

Esta é uma revisão sistemática que avaliou a evidência científica disponível sobre a influência da gordura saturada – a gordura principalmente presente em alimentos de origem animal – na sobrevida de pacientes com câncer de mama. O resultado obtido foi que a ingestão de gordura saturada tem impacto negativo na sobrevivência dessas pacientes.

Esta é uma revisão sistemática que analisou a evidência científica disponível sobre a ligação da carne vermelha e carne processada com alguns tipos de câncer. A conclusão dos autores foi que a ingesta de carne vermelha está ligada a câncer de mama, endométrio (útero), cólon, reto, pulmão e fígado, enquanto a carne processada está ligada aumento no risco de câncer de mama, cólon, reto e pulmão. O consumo combinado também se mostrou ligado a o câncer renal.

Este é um estudo japonês que avaliou dados clínicos e alimentares de mais de 700 pacientes para entender a influência do horário das refeições e a gordura corporal; após análises estatísticas apropriadas (regresso logística múltipla), não tomar o desjejum e jantar tarde (menos de três horas antes de deitar) se mostraram fatores de risco independentes pra aumento de IMC e da circunferência abdominal.

Este estudo realizou um ensaio clínico randomizado para comparar os efeitos de diferentes tipos de desjejum com ausência de desjejum em pacientes obesos. Embora os pacientes que não tomavam desjejum tenham perdido peso mais rapidamente, houve aumento do nível de colesterol comparado ao grupo que tomou o desjejum. A conclusão dos autores foi que evitar o desjejum pode ter efeitos deletérios à saúde através do aumento do colesterol.

Este foi um estudo longitudinal que avaliou o impacto de fazer o desjejum diariamente ou não no desenvolvimento de algumas condições de saúde. Observou-se após avaliação estatística apropriada (regressão logística múltipla) que evitar o desjejum está ligado a obesidade, obesidade abdominal, síndrome metabólica e hipertensão arterial.

Este estudo longitudinal comparou índices de saúde em pessoas que dormiam cedo e pessoas que dormiam tarde. Observou-se que as pessoas que dormem tarde dormem menos e tem uma alimentação menos saudável, como mais fast-food e menos frutas e vegetais, e tendem a comer mais calorias após as 20 horas. Neste estudo, as pessoas que ganharam mais peso foram aquelas que dormiam menos, dormiam mais tarde e comiam após as 20 horas.

Este foi um estudo longitudinal que avaliou a relação da frequência de fazer o desjejum (todos os dias, alguns dias, raramente ou nunca) com mortalidade por causas cardiovasculares. Observou-se após análise estatística apropriada (análise multivariada) que as pessoas que evitavam tomar o desjejum apresentaram maior chance de mortalidade cardiovascular. A conclusão dos autores foi de que fazer o desjejum diariamente é importante e benéfico para a saúde cardiovascular.

Este estudo se trata de uma revisão sistemática que avaliou a evidência científica disponível sobre a relação entre evitar o desjejum e a incidência de diabetes tipo 2. A metanálise envolveu oito estudos com mais de cem mil participantes e chegou à conclusão que evitar o desjejum é um fator de risco para diabetes tipo 2.

Este foi um ensaio clínico randomizado estudando o efeito de uma dieta de baixa caloria 5 vezes no mês (dieta que simula jejum) em fatores de risco e marcadores clínicos e laboratoriais de doenças relacionadas à idade. Essa intervenção dietética fez reduzir a glicose, triglicerídeos, colesterol (total e LDL), PCR, pressão arterial e IMC. A conclusão dos autores é que a dieta que simula jejum feita de forma eventual tem um impacto positivo para fatores de risco e marcadores de envelhecimento e doenças crônicas e tem um efeito promissor no tratamento e prevenção de doenças.

Este foi um ensaio clínico randomizado estudando o efeito de uma dieta de baixa caloria

Este é um artigo que reporta os resultados do Adventist Health Study 1, que mostrou que os adventistas da Califórnia tinham uma expectativa de vida maior que a população geral, que variava de 4 (mulheres) a 7 anos (homens), mas pode em alguns casos chegar até a 10 anos. Esta é uma evidência de como hábitos de vida saudável, como exercício físico, boas escolhas alimentares, evitar substâncias tóxicas, repousar regularmente e desenvolver a espiritualidade são eficazes em promover a saúde.

Este é um artigo que reporta alguns dos achados do Adventist Health Study 2; a comparação longitudinal de saúde dos adventistas com a população geral mostrou que uma dieta baseada em vegetais reduz IMC, diabetes, hipertensão, síndrome metabólica, mortalidade por todas as causas e, em alguns casos, câncer. Também sugere que a proteína e o cálcio dos derivados da soja são tão eficazes quanto os laticínios em prevenir osteoporose e fraturas.

Este é outro artigo reportando resultados do Adventist Health Study 2, trazendo evidências de que a dieta vegetariana reduz a mortalidade por todas as causas e a mortalidade por algumas causas específicas: cardiovascular, renal e por doenças endócrinas, por exemplo. Também há evidência de efeito benéfico no uso de nozes, frutas, salada verde, fibras, cereais, dieta mediterrânea, dieta baseada em plantas (plant-based), dieta vegetariana e ácidos graxos poliinsaturados, bem como efeito maléfico de carnes vermelhas, carnes processadas, alimentos de alto índice glicêmico e dieta low-carb baseada em artigos de origem animal.

Esta ampla revisão sistemática estudou a evidência científica publicada sobre o efeito da redução do colesterol na mortalidade por doença coronariana e envolveu dados de mais de 200 mil pacientes. A conclusão dos autores foi que uma redução em 38 mg do colesterol total pode reduzir a chance de mortalidade coronariana em 20 a 30%, dependendo do contexto clínico. A redução do colesterol pode ser obtida com medicamentos, mas principalmente com estratégias do estilo de vida, como boa alimentação e exercício físico.

Este artigo reporta resultados de um estudo longitudinal sobre estilo de vida e doença cardíaca coronariana. A conclusão dos autores é que 82% dos eventos cardiovasculares nesta coorte se devia a falta de aderência a hábitos saudáveis, que é o mesmo que dizer que estes hábitos, como cessação de tabagismo, boa alimentação e exercícios físicos, são capazes de reduzir em cerca de 82% o risco de doença cardíaca coronariana

Este artigo é o relatório de um estudo longitudinal que estudou a associação de cinco hábitos de estilo de vida (não fumar, exercício físico, boa dieta, pouco álcool e peso normal) à expectativa de vida e mortalidade· Observou-se que estes hábitos eram protetores contra mortalidade por câncer, mortalidade por doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas; a adesão aos cinco hábitos poderia acrescentar até 14 anos à expectativa de vida das mulheres e 12 anos à expectativa de vida dos homens, quando medida aos 50 anos de idade.

Este foi um estudo que avaliou a viabilidade prática e financeira de um programa padrão de medicina de estilo de vida: o programa CHIP. Amplamente conhecido, este programa se baseia na educação em saúde e mudança de estilo de vida para prevenção, controle e reversão de doenças crônicas. O resultado sugere que cada dólar investido no programa poupou 1.38 dólares em custos em cerca de seis meses.

Este artigo apresenta uma série de evidências científicas sobre os problemas em se ter uma baixa literácia em saúde. A literácia em saúde é a capcidade de compreender e usar as informações de forma a ter boa saúde. Estudos mostram que baixa literácia em saúde aumenta o índice de hospitalização, piora os dsfecjos das soenças crônicas, aumenta os custos em saúde, piora adesão ao tratamento e mortalidade; isso mostra a importância da educação em saúde na construção de um sistema de promoção de saúde e prevenção de doenças.

Este artigo apresenta resultados de um estudo longitudinal que avaliou a relação entre o estilo de vida e as doenças cardíacas. Observou-se após análise estatística apropriada (análise multivariada) que não fumar, exercitar-se, ter um peso saudável e uma boa alimentação poderia evitar algo em torno de 73% dos casos de doença coronariana.

Este artigo reporta os resultados de um estudo de coorte multicêntrico (INTERHEART) que avaliou quase 30 mil pessoas nos cinco continentes para estudar fatores de risco para doença cardiovascular. A conclusão dos autores foi que nove fatores de risco estão ligados à doença: fumar, hipertensão, obesidade abdominal, diabetes, aumento de apolipoproteína, consumo regular de álcool, fatores psicossociais, baixa ingesta de frutas e pouco exercício físico são, segundo os resultados, responsáveis por 90 a 94% do risco atribuível à população para desenvolver doenças cardíacas.

Este artigo reporta os resultados de um estudo caso-controle multicêntrico que analisou mais de 25 mil pacientes. Seus resultados encontraram dez fatores de risco para Acidente Vasclar Cerebral, a maioria modificáveis: atividade física, tabagismo atual, dieta, apolipoproteína elevada, causas cardíacas, fatores psicossociais, hipertensão, diabetes, uso de álcool e o índive cintura-quadril. O risco atribuível a esses fatores foi estimado em cerca de 90% de todos os casos de AVC.

Este estudo encontrou um efeito protetor da dieta mediterrânea na prevenção secundária de doença cardíaca coronariana. O efeito protetor se estendeu a outros eventos cardiovasculares e foi observado por mais de quatro anos.

Este estudo documentou a eficácia das estratégias de medicina de estilo de vida na prevenção da progressão para diabetes em pacientes com glicemia elevada. A intervenção de estilo de vida se mostrou mais potente que a intervenção medicamentosa (metformina), aproximadamente com o dobro do efeito em termos quantitativos.

Este estudo foi um ensaio clínico randomizado que comparou um programa ambulatorial de medicina de estilo de vida com o cuidado padrão para tratamento e reversão de doença coronariana. A intervenção consistia em um programa ambulatorial que trabalhava alimentação, exercícios, controle do estresse, cessação do tabagismo e apoio psicossocial).

Ao fim de um ano e em reavaliação ao fim de cinco anos, os pacientes do programa tinham perdido mais peso, tendiam a ter colesterol mais baixo e tinham significativamente menos obstrução nas artérias coronárias, quando comparados ao grupo controle.

Este estudo testou um programa ambulatorial de medicina de estilo de vida em pacientes com câncer de próstata. Pacientes que, por alguma razão, não eram candidatos a tratamento convencional com cirurgia ou radioterapia foram randomizados para participar do programa ou apenas vigilância habitual para esses casos. O programa consistia em dieta vegetariana estrita com algumas suplementações, exercícios físicos, técnicas de controle do estresse e apoio psicossocial. Ao fim do estudo, o grupo que participou do programa teve melhores resultados: o PSA deles reduziu, enquanto o do grupo controle aumentou; nenhum paciente precisou mudar o tratamento, enquanto no grupo controle 6 precisaram evoluir para tratamento oncológico; amostras de células tumorais de pacientes dos dois grupos foram estudadas in vitro e observou-se que as células dos pacientes que participaram do programa cresciam menos. Tudo isso mostrou o quanto a medicina de estilo de vida é importante do tratamento do câncer de próstata.

Este estudo realizou biópsia de tumores malignos de próstata de pacientes que participaram de vigilância ativa das lesões e um programa de mudança de estilo de vida. A biópsia foi realizada antes e depois da intervenção (reeducação alimentar, exercício físico, controle do estresse e grupo de suporte psicossocial), para avaliar a expressão gênica; observou-se alteração na expressão de 501 genes após a intervenção de estilo de vida, muitos dos quais ligados a pontos críticos de crescimento tumoral, sugerindo que o perfil genético do tumor muda para melhor depois que são realizadas intervenções em estilo de vida.

Este estudo mostrou que o estresse crônico está ligado a piora do estresse oxidativo, encurtamento dos telômeros (porções terminais dos cromossomos) e redução da atividade da enzima telomerase, fatos estes que estão classicamente associados a envelhecimento celular e longevidade. Em alguns casos, o efeito do estresse foi correspondente a aumentar a idade em uma década. Isso mostra como o estresse crônico pode afetar o corpo em nível celular e predispor ao surgimento de doenças.

Este estudo avaliou o comprimento dos telômeros e a atividade da enzima telomerase em células do sistema imune de pacientes com câncer de próstata que participavam de um programa de medicina do estilo de vida que envolvia mudança alimentar, exercício físico, controle do estresse e grupo de suporte social, e os comparou com controles que não participavam do programa. Observou-se que os pacientes do programa tinham telômeros mais longos e menos queda da telomerase do que os controles, o que sugere que o estilo de vida tem um impacto positivo e significativo em nível celular, em aspectos que vã determinar envelhecimento, longevidade e adoecimento.

Este estudo usou mudança de estilo de vida (principalmente alimentação e atividade física) para reversão de diabetes tipo 2 em pacientes jovens com diagnóstico recente. O resultado obtido foi uma taxa de remissão de 68% dos pacientes em dois anos, dos quais 46% em remissão completa.

Este interessante artigo apresenta uma pesquisa feita nos Estados Unidos a partir de entrevistas com médicos de diversas especialidades, e observou que médicos que se exercitam tem a tendência mais alta, estatisticamente significativa, de aconselhar seus pacientes sobre a importância dos exercícios físicos.